No início da criação em 2005, o objetivo principal da criação de ovinos era carne de cordeiro (mestiços de Dorper), e uma pequena porção do rebanho para raça pura (afixo RS Jequié) visando produzir reprodutores acessíveis para difusão da raça na região.
A partir de 2010 iniciou um trabalho mais focado em produzir ovinos do mais alto padrão genético do Dorper.
Na escolha da base maternal, utilizou-se reprodutores filho do Rikus, Bi Grande Campeão Nacional de Progênie, e filhos do Mickey, Campeão Baiano 2014 e Grande Campeão de diversas exposições que participou.
Posteriormente, foram utilizados reprodutores filho do Buria 1459, que foi Tricampeão Melhor Reprodutor ACCOBA (2013, 2014 e 2016), seguindo a linha de cruzamentos por inbreending.

Reprodutores Anteriores
Reprodutores Atuais







Matrizes Campeãs
Depois foram os reprodutores Buria TE 6235 e Buria TE 7055. O embrião importado da África do Sul, Buria TE 6235 (Face) era filho do Reservado Campeão Mundial 2014, Facebook, em ovelha do criatório Nuwerust Dorpers do Hendri van Wyk, e pelo Rancho Santana obteve os títulos de Bi Grande Campeão da Raça (ExpoItapetinga 2018 e ExpoBahia 2019). O Buria TE 7055 (Gold) era da linhagem Six e 1113 (Bells) em ovelha doadora de embriões que é filha do Buria 783 (A Lenda).
Seguiu-se com o reprodutor LC 535 que foi premiado na Nacional 2016 e Campeão Ovino Adulto ExpoBahia 2016.
Após anos de criação, o nascimento de um borrego chamou atenção do criatório e ali iniciou os cruzamentos com reprodutores próprios. O RS Jequié Elói 947, que era filho do Buria TE 6235 (Face) em umas das matrizes destaque do criatório RS Jequié. Foi Reservado Grande Campeão Ovino do Futuro na ExpoBonfim 2019 e Campeão Ovino do Futuro Menor na ExpoSerrinha 2019.


O RS Jequié Hypseu 1017, filho do Buria TE 7055 (Six e 1113 em 783) em ovelha filha do By Rikus, que foi Campeão Nordestino de Progênie de Pai 2017, e o RS Jequié 987 filho do Buria TE 7055 em ovelha Rikus, também foi utilizado em acasalamentos específicos do RS. Hoje também possuímos 3 reprodutores embriões importados (POI) que são filhos diretos dos maiores raçadores Dorper na África do Sul como Facebook, Red Bul e Major.
Assim segue a criação de ovinos Dorper RS Jequié, na excelência da raça e com objetivos claros, que é satisfação dos clientes com animais de elevado mérito genético associado à rusticidade e precocidade.
A raça Dorper no Brasil possuía em 2009, apenas 35 mil animais registrados. Em 2018, o Brasil alcançou o maior rebanho da raça Dorper PO do mundo, com 122.500 animais (crescimento de 350%) registrados na Associação Brasileira de Criadores de Ovinos – ARCO e mais de 800 criadores espalhados por todos os estados do país. Hoje, de acordo com informações da ABCDorper, são cerca de 140.000 animais registrados e 1.000 criadores espalhados por 21 estados brasileiros.
Padrão Racial do Dorper
A raça Dorper tem origem na África do Sul e foi criada com o propósito de melhorar as qualidades das carcaças ovinas comercializadas bem como o desempenho animal, proporcionando assim uma melhor remuneração do ovinocultor e a satisfação do consumidor final.
O Dorper surgiu do cruzamento entre as raças Dorset Horn e Blackhead Persian, sendo que os primeiros cruzamentos foram realizados por volta de 1930. Em 19 de julho de 1950, um grupo de 30 criadores decide fundar a Associação Sul Africana de Criadores de Dorper e estabelecer os parâmetros de Padrão Racial para o Dorper e White Dorper.
O ovino Dorper deve ser simétrico e bem proporcionado (balanceado), com temperamento calmo e uma aparência vigorosa. A impressão geral deve ser a de um ovino robusto e bem musculoso. O Dorper foi criado com o único propósito de produzir carne o mais eficientemente possível, sob variadas e mesmo desfavoráveis condições ambientais.