História
A história da raça Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil anos antes da era cristã, quando os arianos levaram os animais para o continente indiano. Nelore é o nome de um distrito da antiga Província de Madras, Estado de Andra, situada na costa oriental da Índia, onde foram embarcados os primeiros animais para o Brasil.
A trajetória que transformou o Ongole indiano no Nelore brasileiro, começa na primeira metade do século XIX, de quando datam os primeiros registros de desembarque no país de zebuínos originários da Índia.
A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em 1868 quando um navio que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo. Os animais teriam sido comercializados, permanecendo no país.
Dez anos depois, em busca de animais exóticos para trazer ao Brasil, Manoel Ubelhart Lembgruber teve contato com a raça Ongole durante uma visita ao zoológico de Hamburgo, na Alemanha, e de lá promoveu a importação de um casal de animais da raça, em outubro de 1878. Posteriormente, outras partidas oriundas diretamente da Índia aportaram no Rio de Janeiro. A raça Nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.
As duas últimas e significativas importações de reprodutores Nelore aconteceram entre os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de Noronha, onde foram submetidos à quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias, Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das principais linhagens de Nelore.
Hoje, estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 220 milhões de bovinos de corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou anelorado, o que equivale a mais de 176 milhões de cabeças.
O Nelore brasileiro, além de ser considerado hoje como um patrimônio legitimamente nacional, como o carnaval, o futebol, a caipirinha e o churrasco, pode ser considerado como a grande vitória da carne brasileira. Carne saudável e natural, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos do mundo todo.
Genética Materna
Genética Paterna
REM USP
REM ARMADOR
KAYAK TE MAFRA
D 8306 da MN
GENERAL DA MN em C5648 DA MN por C1186 DA MN - Touro com excelente régua de Dep’s. Rebanho com seleção para habilidade materna e docilidade. Possui um destacável iABCZ de 19,85.
Mukesh FIV COL
Ganges COL em Gamaica COL por Dirigível COL - Filho de Ganges em Dirigível, se torna uma opção de sangue para linhagens Torixoréu, Quark e Rambo. Grande destaque em sua avaliação está para peso e A.O.L., duas características que quando aliadas geram maior rendimento no gancho, portanto mais lucro para o produtor. Possui um destacável iABCZ de 13,21.
Operário FIV COL
REM USP em Fieldade COL por Provador IZ - Um dos touros mais completos da atualidade por aliar tipo, carcaça e uma avaliação genética fantástica. Destaque para todas as características de relevância econômica, somada com a opção de sangue, o que faz de Operário um "coringa" para a pecuária de corte. Possui um destacável iABCZ de 27,49.
Sherlock da MAT
Nehru MAT em Poliana MAT por Lugano MAT - Touro com excelente régua de Dep’s. Possui um destacável iABCZ de 19,26.
Nelore da RS
O Rancho Santana vem estabelecendo o projeto Nelore da RS. Com foco na produção de animais superiores, puros e registrados, porém com preços acessíveis, o Nelore RS veio para ficar. Projeto audacioso alicerçado nas principais famílias da raça e conduzido com as melhores ferramentas zootécnicas de melhoramento, nutrição e manejo.
O Nelore da RS possui uma base de matrizes das linhagens Panagpur, Ludy, Big Ben, Fajardo, 1646, Bitelo, REM Dheef e REM USP sendo acasaladas com os principais raçadores da raça como o Kayak, REM Dheef, REM Armador, REM USP dentre outros.
Padrão Racial
- Bovinos Nelore apresentam estado geral sadio e vigoroso. A ossatura é leve, robusta e forte, com musculatura compacta e bem distribuída. A masculinidade e a feminilidade são acentuadas.
- O temperamento é ativo e dócil.
- Apresentam pelagem branca ou cinza-clara, sendo que os machos apresentam o pescoço e o cupim normalmente mais escuros. A pele é preta ou escura, solta, fina, flexível, macia e oleosa. Os pêlos são claros, curtos, densos e medulados.
- A cabeça tem formato de ataúde, com a cara estreita, arcadas orbitárias não salientes e perfil ligeiramente convexo. A fronte é descarnada, apresentando uma linha média no crânio, no sentido longitudinal, uma depressão alongada (goteira).
- O chanfro é reto, largo e proporcional nos machos. Nas fêmeas, é estreito e delicado. O focinho preto e largo, com as narinas dilatadas e bem afastadas, é outra característica da raça. A boca tem abertura média e lábios firmes.
- As orelhas do nelore são curtas, com boa simetria entre as bordas superior e inferior, terminando em ponta de lança, e a face interna do pavilhão deve ser voltada para a frente e apresentar movimentação.
- A raça pode ser dividida em animais que apresentam chifres e mochos. Os chifres são de cor escura, firmes, curtos de forma cônica, mais grossos na base, achatados e de seção oval, de superfície rugosa e estrias longitudinais. Nascem para cima, acompanhando o perfil, bem implantados na linha da marrafa, assemelhando-se a dois paus fincados simetricamente no crânio. Com o crescimento, podem dirigir-se para fora, para trás e para cima, ou curvando-se para trás e para baixo.
- Nos machos, o pescoço é musculoso e com implantação harmoniosa ao tronco. Nas fêmeas, é delicado. A barbela começa debaixo do maxilar inferior e se estende até o umbigo, sendo mais abundante e pregueada nos machos. O peito dos animais é largo e com boa cobertura muscular.
- Outra característica dos zebuínos é o cupim. Ele tem papel fisiológico fundamental, servindo com reserva de energia em situações emergenciais. Nos machos, deve ser bem desenvolvido, apoiando-se sobre o cernelha, Nas fêmeas, deve ser reduzido.
- A região dorso-lombar é larga e reta, levemente inclinada, tendendo para a horizontal, harmoniosamente ligada à garupa com boa cobertura muscular.
- O Nelore possui ancas bem afastadas e no mesmo nível. A garupa é comprida, larga, ligeiramente inclinada, no mesmo nível e unida ao lombo, sem saliências ou depressões e com boa cobertura de gordura. Sacro não saliente, no mesmo nível das ancas.
- A cauda é inserida harmoniosamente, estendendo-se até os jarretes e vassoura preta. O tórax é amplo, largo e profundo. As costelas são compridas e largas, bem arqueadas, afastadas e com espaços intercostais revestidas de músculos e sem depressão atrás das espáduas. O umbigo deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal.
- Membros anteriores e posteriores devem apresentar comprimento médio, com ossatura forte e músculos bem desenvolvidos. As coxas e pernas são largas, com boa cobertura muscular, descendo até os jarretes, com calotes bem pronunciados. As pernas devem ser bem aprumadas e afastadas. Os cascos devem ser pretos e bem conformados.
- As fêmeas devem ter o úbere de volume pequeno, com o formato das tetas de maneira que facilite a aproximação dos bezerros. A vulva deve possuir conformação e desenvolvimento normais.
- Os machos devem possuir a bolsa escrotal fina e bem pigmentada, com os dois testículos bem desenvolvidos. A bainha deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal e bem direcionada. O prepúcio deve ser recolhido.
- Os machos devem possuir a bolsa escrotal fina e bem pigmentada, com os dois testículos bem desenvolvidos. A bainha deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal e bem direcionada. O prepúcio deve ser recolhido.